A Babushka <$BlogRSDURL$>


Nas palavras encontramos o confronto firme, dos nossos pensamentos, que teimam em contrariar a nossa camuflada sabedoria! [Reptil Vamp] - Click

abril 29, 2006

Acordado, sofre-se mais...

Querida e adorada amiga!
Se te contasse tudo o que penso de mim, sendo eu um mau avaliador das promessas que sei que nunca iria cumprir, nada sobraria para te amar, como tal, nada prometo, porque sei que iria falhar; seria uma réstia daquilo que sou. Assim prefiro que me vejas sempre com os teus olhos do que passasses a ver-me com os olhos que eu me vejo, porque eles estarão unicamente reservados para ti, nada mais me importa, a não seres tu. Já começo a sentir a tua ausência, ainda agora nos desligamos, e isso começa a incomodar-me, não por estar preocupado com pensamentos desapropriados, mas, porque gostaria de saber mais coisas de ti. Do que gostas, do que sentes quando estás triste, e ver-te quando estás alegre e feliz, sentir o som das tuas palavras no meu ouvido, quando ficamos no meio de muita gente, mas só nós, nos abraçamos porque nos amamos incondicionalmente... E ouvir-te dizer em surdina: meu amor, preciso tanto de ti!

Entraste-me na minha vida por breves momentos, e senti que te tinha sempre perto de mim, apenas não te via, nem tocava na tua pele, mas existias nos meus sonhos. Olho os teus olhos, e imagino as lágrimas que eles deitarão quando estás triste.

Olho, os teus olhos, e imagino o teu sorriso. Vejo a tua boca, mas não ouço a tua voz. E isso, incomoda-me…

Promessas que poderemos fazer, intimidades que podemos trocar, mas nunca poderei tocar tua pele, nem sentir o teu respirar junto ao meu. E isso incomoda-me. Incomoda-me este aprisionar dos sentidos que nos invade o corpo ficando vulnerável aos teus olhos de uma paixão impossível.

O amor vai crescendo dentro de mim, sem controle, descrédito de qualquer impossibilidade de te ter nos meus braços, e trocarmos carícias e beijos entrelaçados, salivas unificando o êxtase do prazer, arrepiando-nos a pele de toda a sensação enlouquecida e sentida, envolvidos no mistério da paixão dormente, que não quer despertar a realidade dos nossos sentidos… Incomoda-me a distancia, desta nossa proximidade, mas não sinto o teu cheiro, não sinto as tuas carícias, não sinto a tua boca nem o teu doce olhar enigmático, que me hipnotiza através deste sentir alucinado.

Desses teus olhos castanhos de tantos tamanhos, que seduzem e irradiam uma chama ardente que me trespassa a alma, que me embriaga todos os sentidos e me deixam à deriva como uma nau em alto mar, em dias de tempestade. Dessa tua pele luzidia e aveludada, que me arrepia só de pensar ao seu toque.

Prefiro esquecer-te a sofrer esta tua ausência, porque ela incomoda-me de qualquer das maneiras… Por isso vou dormir, vou dormir, e apenas te poderei ter nas visões da minha imaginação, e jamais me sentirei incomodado com a tua ausência, pois ter-te-ei para sempre nos meus sonhos. E não vou querer mais acordar, para nunca te perder. Prefiro estar entre a tempestade em alto mar, e sentir sempre o teu olhar em mim! Do que sentir o teu olhar a ver-me sofrer acordado.

Um beijo, cheio de amizade e carinho, deste ser, que dorme profundamente na paz dos anjos...
Até sempre amor!
Irei sentir sempre muitas saudades tuas, mesmo enquanto estiver a dormir, talvez seja mesmo isso, que me manterá vivo, e abrace outra realidade que desconheça. Adormeço, e acordo para a vida...

Para ver e ouvir, enquanto se lê!
Sensualidade em tons de azul:



abril 28, 2006

Com gelo tudo passa...


Olhem para mim; como eu fiquei... Desta dor de cabeça que estou, não me livro. Toda a imaginação se esvoaçou, fiquei frio e distante sem graça. Mas sei que irá passar quando me esquecer daquele fatídico pequeno almoço, que nem sequer cheguei a tomar... Vou entrar em jejum!



As palavras são mesmo traiçoeiras
já ninguém acredita nas intenções
nem mesmo quando são boas...
quando a esmola é grande
o pobre quase sempre desconfia
origem das tantas desilusões,
dessas mesmas boas intenções

nossas mãos
assemelham-se tanto a vazios por preencher

que já não sentimos as batidas do coração

De mim... para ti!


abril 26, 2006

Como passei o meu feriado!

Será um pecado mortal, segundo dizem é.
Mas, quando não se trabalha, tirar um dia assim para ficar nesta languidez, enfiada debaixo dos lençóis, ouvir um música bem baixinho, suave e que nos invade os sentidos, é tão bom, tão delícioso.



Só faltou uma coisa, uma companhia que me trouxesse o pequeno almoço à cama e me fizesse sentir, como era fantástico estar ali. Uma companhia masculina, obviamente.

Mas, não são muitos os homens que gostam de o fazer, a não ser nos primeiro tempos da sedução, conquista. No tempo da conquista eles fazem tudo, até exageram, mas o problema é depois. Mas pronto, estou a curtir o meu feriado aqui no bem bom em vale de lençois.


abril 25, 2006

Homenagem...


Aquele que na hora da vitória
Respeitou o vencido

Aquele que deu tudo e não pediu a paga

Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite

Aquele que amou os outros e por isso
Não colaborou com a sua ignorância ou vício

Aquele que foi «Fiel à palavra dada à ideia tida»
Como antes dele mas também por ele
Pessoa disse

(Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen
Dedicado a Salgueiro Maia


© 2005 Powered by Andy More and AdZivo