A Babushka <$BlogRSDURL$>


Nas palavras encontramos o confronto firme, dos nossos pensamentos, que teimam em contrariar a nossa camuflada sabedoria! [Reptil Vamp] - Click

fevereiro 05, 2009

Brainstorming

Tenho o mundo da inspiração a andar à roda, sinto um forte expirar de prazo de andar por aqui. Às vezes dou conta dessa ausência sem distância, e abstraído da realidade sinto necessidade de mergulhar no silêncio.
Quero unicamente estar só para encontrar-me em breves momentos comigo. Nesse desígnio da fascinante descoberta, não encontro as palavras que sabiam da minha angústia, da minha dúvida cortante...
E, é nestas alturas que os pensamentos se amontoam e procuramos respostas que nos inquietam nesta ansiedade descontrolada de querer ser, de querer agarrar tudo o que até ai nos tivesse escapado. E nem sequer temos a perfeita noção da alteração subsequente, que nos devolvem momentos de acalmia e nos quais crescemos mais depressa na confusão, cujas implicações nos alteram o equilíbrio e modificam a visão que temos da vida. Absorvemos tudo o que vimos e sentimos, é precisamente isso que nos faz viver intensamente. Se nunca julgarmos que nos tornamos mais verdadeiros por falar sozinhos. Talvez, sem existir palavras ficaremos até mais humanos para perdoarem os nossos erros.
Ganhamos provavelmente outra dimensão da vida a fim de aliviar a consciência por tudo aquilo que sentimos, mas não sabemos prever as implicações que daí possam advir, no sentir dessa serenidade que ansiosamente agonizamos. Distraímo-nos nas minudências da vida, mas nunca conseguimos juntar as peças que nos dão realmente prazer se estivermos completamente sozinhos... E no entanto, no cume dessa montanha consigo vislumbrar os meus erros, rebeldias e irreverências assisto ileso ao caos instalado, no paraíso que construí.

Em determinadas alturas abdicamos de nós, e sentimo-nos mais frágeis e como tal, não encontramos as respostas que procuramos. Nessa sequência seremos incompreendidos e até ignorados pelas atitudes que mostramos aos outros. Nunca sei o que isso vale, nem quanto mede o fio que me puxa para este sentir. Não tem forma, nem espaço, nem sequer cor... é um apetecer sem ser, um querer sem entender... Porque só acreditaremos na nossa grandeza interior, se alguém tiver a paciência de consegui-la nos mostrar. Talvez, na maioria das vezes, seja demasiado tarde para mudarmos tudo aquilo que enraizamos… E rouba-se a realidade aos sonhos.

Mas seremos nós, por mais minúscula que seja a nossa ambição ou mais insignificante seja a nossa vida, contribuiremos na justa medida e pávida procura na qual fazemos girar o mundo que pisamos.
Adaptamo-nos facilmente às mudanças, nesse longo percurso da nossa vida, porque gostamos de ser apreciados e amados para nos aperfeiçoar na grandeza. É tempo de percebermos onde ela se esconde… Mas sentimos medo em mudar. Porque há sempre alguém que nos rasga os dias ao meio e rouba-nos a oportunidade de sermos felizes.

Ensinam-nos a crescer, aprendendo a gerir melhor os nossos erros apoiados no dos outros. E por força disso, ganharemos alguma maturidade lentamente, e tornarmo-nos adultos à pressa trilhando os mesmos erros… Mas ninguém nos ensina a envelhecer por fora, quando ainda somos tão jovens por dentro.
Nunca se prepara ninguém para a evidência estonteante da morte. Ela cobre-nos de um silêncio perturbador, que grita, que rompe, que rasga todos os possíveis esgares de sorrisos. E catalisamos demasiado tempo à procura da felicidade, e nem nos apercebemos que a vida vai-nos passando ao lado, e ela nunca esperará por nós. Matamos a juventude lentamente.

Sinto-me perdido na imaginação. Não é possível esperar pelo romper das nuvens… Queria unicamente que a vida fosse poesia.



| top |

© 2005 Powered by Andy More and AdZivo