A Babushka <$BlogRSDURL$>


Nas palavras encontramos o confronto firme, dos nossos pensamentos, que teimam em contrariar a nossa camuflada sabedoria! [Reptil Vamp] - Click

abril 15, 2006

Boa Páscoa para todos...


A capela do Santo Sepulcro (actual)

Um Cristo crucificado
Povoa templos, salões,
E o seio desnudado
De mulheres aos milhões!

Aquele ser supliciado
Serve de exemplo aos vilões,
P'ra que se fique calado
E não haja violações,
Desse direito "sagrado"
Que é o de mandar, dos mandões.

Mas Cristo emerge da morte
Logo depois ter morrido!
E vive! E, de tal sorte,
Que os mandões perdem o norte
Em busca do "foragido"!

E perguntam por aí:
O que será feito dele?
Se ele aparecer por aqui
Té lh'arrancamos a pele...

Mas há-de chegar o tempo
Nítido, límpido, pressentido,
Em que será dado o exemplo
Pelo NOBRE foragido:
Aquele Ser, tão sofrido,
Expulsá-los-à do TEMPLO

Um tempo que vai surgindo...
Que eu já vislumbro e comtemplo!


abril 12, 2006

Um lamento!

Calo em mim um lamento
Sufoco um grito de dor
Por não ter, por um momento,
Provado o gosto, visto a cor,
Desse estranho sentimento
Que o vulgo diz ser o amor!




Olho com dor infinita
E com infinita fúria,
Esta cultura maldita
Que chama amor à luxúria...
E sabe, amigo leitor:
é duramente penoso
confundir com o amor
E transformar em tal cor
Um acto libidinoso!


abril 10, 2006

Cachimbos podem ser legais?

Uma das cenas mais interessantes que já presenciei ocorreu durante uma feira de coleccionadores de cachimbos. (Sim, muita gente colecciona cachimbos.) Do sitio onde me encontrava pude presenciar e constactar alguns transeuntes mais velhos ficar literalmente cara a cara com um rapaz de cabelos pintados de louro e de rabo-de-cavalo, blusão de motoqueiro e muitos piercings pelo corpo. Havia uns 50 anos de diferença entre eles, no mínimo.
Eles estavam a discutir animadamente, dando a impressão de que trocavam insultos sobre os horrores do piercing ou sobre a intolerância das gerações mais antigas. Na verdade, estavam a falar das propriedades dos vários tipos de cachimbos e tabacos e não podiam estar mais satisfeitos.
De vez em quando, faziam uma pausa para dar algumas baforadas nos seus cachimbos - o do rapaz era decorado com penas e parecia-se com um cachimbo da paz e o do cavalheiro mais idoso era um pequeno cachimbo curvo. Esses dois nada tinham em comum excepto cachimbos e tabaco e provavelmente nunca conversariam fora de uma feira de coleccionadores de cachimbo. Naquele dia, porém, fizeram uma conexão. Acho que deu para perceber que o cachimbo aproxima as pessoas.
Após passar duas décadas com a reputação de ser "coisa de avô", o cachimbo está ressurgindo e uma nova geração vem descobrindo os seus prazeres. O cachimbo sofreu uma queda de vendas até meados da década de 80.
Muita gente pensa no cachimbo como algo próprio de pessoas idosas, assim como vêem o charuto como uma coisa de aroma desagradável mascada por jogadores de póquer. O prazer proporcionado por cachimbos e charutos parece ter pulado uma geração.
Com um cachimbo pode-se saborear tabacos de boa qualidade com moderação. Neste sentido, ele se equipara a um bom charuto.


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