A Babushka <$BlogRSDURL$>


Nas palavras encontramos o confronto firme, dos nossos pensamentos, que teimam em contrariar a nossa camuflada sabedoria! [Reptil Vamp] - Click

outubro 12, 2009

Diálogos do ego

O agradável da vida é porque as pessoas existem. Elas pensam. São elas que nos fascinam, nos alegram e entristecem-nos. Mas também são elas que nos fazem pensar, e são elas que nos ajudam a tomar um rumo, daquilo que queremos realmente fazer da nossa vida. E, é aí, que tudo também se complica, porque não queremos pensar sozinhos no trilhar desse nosso rumo sinuoso. Queremos companhia para colmatar as nossas falhas e ajudar-nos a encontrar o nosso equilíbrio.
E o pensamento, será o mais sublime dessa capacidade, no qual possuímos a nossa verdadeira essência cuja manifestação se liberta através da comunicação com os outros. Está patente no pensamento onde criámos conceitos de vida que nos orienta em atingir objectivos e nos diz realmente quem somos.
A dificuldade está muitas vezes em entender os pensamentos dos outros, e se há ou não, de facto partículas essenciais ao entendimento que encaixem na nossa forma de pensar. Afim, de ambos, poderem traçar um rumo em conjunto, facilitando-nos essa trajectória através do diálogo e da partilha do pensamento.

A maravilha das pessoas está nos seus silêncios, e, é aí, que elas nos fascinam sobremaneira pelas incertezas que nos criam, anulando-nos as razões. E, nessa forma de cada um encarar a vida ajudam-nos a transpor obstáculos que seriamos incapazes de fazê-lo sozinho. As pessoas são tão diferentes umas das outras, que todos acabamos por ter um pouco de todas elas mesmo sem as conhecermos.
As opiniões podem divergir em alguns aspectos, pode até haver incompatibilidades de encarar a vida de maneira diferente pelo seu pensamento, e isso é salutar porque nos ajuda a ser o maior crítico de nós mesmos, e é nas diferenças de opinião que nasce a luz que nos ilumina o caminho que trilhamos.

Quantas vezes, se escreve aqui, manifestando uma ideia, uma opinião, uma certeza... E que nunca a partilhámos com o nosso melhor amigo? Talvez por falta de tempo. Talvez a disponibilidade não seja favorável na simultaneidade que lhes permitam sentarem-se calmamente frente a frente, para dialogarem com o intuito de desvanecerem as dúvidas que muitas vezes nos ocupam a mente. Sem no entanto, as termos com quem partilhar ou por falta de tempo. Ou quando esse momento surge, estarmos simplesmente de costas voltadas, distraídos com outras preocupações que nos afectam. Mas que consideramos só nossos ou não estamos com disposição de tocar em tal assunto, e fechamo-nos dentro da nossa concha. Outras vezes, egoisticamente, não temos paciência para ouvir o outro e dizemos em surdina: Mas que chato, o que é que este quer agora? Esquecemo-nos que muitas vezes somos nós que estamos nessa situação e ninguém mostra interesse em nos ouvir.
Então escrevemos, e a escrever desabafamos nos nossos silêncios, e na maioria das vezes, isso é conversar connosco. Ao mesmo tempo partilhamos com quem desconhecemos, e permite-nos soltar as amarras que nos prendem as desilusões e rompemos barreiras intransponíveis...
Aqui, permite-nos que elas sejam lidas, comentadas e opinadas, e sentimos que as palavras, são um veículo de comunicação que chegam àqueles que nos lêem. Quebrámos os silêncios, deixámos de estar sozinhos.
A vida sem pessoas, seria oca e monótona. Não conseguíamos sorrir, não conseguíamos chorar nem ficávamos tristes nem alegres. Seríamos uma folha em branco como esta, antes de começar a escrever palavras sem nexo. Mas mudei-lhe o rumo e deixou de estar vazia… Porque eu quis, através da vontade, colocá-las de forma contextualizada o que estava adormecido no pensamento.


outubro 04, 2009

Mies van der Rohe

O solitário caçador da verdade

Em 2006, o arquitecto alemão mais importante do movimento modernista estaria completando 120 anos. Embora assim propagada, não é a perfeição técnica a principal característica da obra que revolucionou a arquitectura do século 20.

Ao se referir à compreensão de como a juventude marca o resto de nossas vidas, o filósofo francês Gaston Bachelard comenta em A Poética do Espaço que “somente quando velhos, nos tornamos jovens”.

Nascido em Aachen, na fronteira alemã com a Holanda, em 27 de março de 1886, é o próprio Mies van der Rohe quem nos dá a chave para a compreensão de sua arquitectura ao comentar, em um artigo publicado em 1961, a influência que as construções de sua cidade natal, a antiga capital do Sacro Império Romano Germânico, exerceu em sua obra.

Ludwig Mies (o sobrenome da mãe, van der Rohe, foi incluído por Mies mais tarde) frequentou a escola da catedral católica construída por Carlos Magno e ajudou o pai na firma de cantaria que possuía. Passando sua infância e adolescência entre lápides e igrejas medievais, sua formação não foi académica, mas de natureza prática e religiosa.

Os primeiros anos

Pavilhão alemão em Barcelona, por Mies van der Rohe Nietzsche havia decretado a morte de Deus e os homens estavam entregues ao seu destino. “Sou a hora, e a hora é de assombros e toda ela escombros dela”, as palavras de Fernando Pessoa não poderiam definir melhor a crise de valores em que se encontrava a Europa entre o final do século 19 e início do século 20.

Este era o contexto cultural que Mies encontrou em Berlim em 1905, quando foi trabalhar no escritório do arquitecto Bruno Paul. Dois anos mais tarde, um professor de filosofia, completamente idealista, queria que sua casa fosse construída por um arquitecto jovem. Paul indicou Mies, que aos 21 anos projectou e construiu a residência de Alois Riehl, um dos principais filósofos berlinenses do início do século 20.

O projeto de Riehl lhe abriu as portas da sociedade berlinense, pondo-o em contato com intelectuais e lhe possibilitando trabalhar com Peter Behrens, para quem os outros pais do movimento modernista da arquitetura, leiam-se Le Corbusier e Walter Gropius, também trabalharam entre 1907 e 1910.

Behrens e Berlage

Residência Tugendhat, patrimônio da humanidade. Behrens incorporou os fundamentos de um novo estilo, baseado na síntese da vida e da arte, no espectáculo arquitectónico e na recepção estilizada da Antiguidade clássica. Ele distanciou-se do traço sinuoso do Art Nouveau, sendo precursor de um estilo baseado na linha reta.

Entretanto, a acídia de Mies van der Rohe não combinava com um possível formalismo de Behrens, e Mies procurou a influência de um outro precursor do movimento modernista, o arquitecto holandês Hendrik Berlage, com quem se encontrou em Amsterdã, em 1912. Os princípios de Berlage baseavam-se no neoplatonismo da Idade Média, na filosofia de Santo Agostinho, cuja frase “a beleza é o brilho da verdade” tornou-se praticamente um axioma para Mies.

Seguindo os passos do mestre Berlage, a lei universal não era mais a verdade histórica, mas a procura da essência, da verdade da construção. Foi por essa busca constante da essência construtiva, da precisão do detalhe, que Walter Gropius apelidou Mies de “o solitário caçador da verdade”.

Desmaterialização da arquitetura

Interior da Neue Nationalgalerie, em Berlim A aplicação da procura da essência na arquitectura tem como consequência sua desmaterialização. A arquitectura de Mies tornou-se somente estrutura e membrana externa ou, como ele mesmo falava, uma arquitectura de “pele e osso”. A perfeição técnica dos detalhes viria apenas a apoiar este sentimento de vazio do espaço, que segundo Mies, deveria ser preenchido pela vida.

Os projectos de Mies são, às vezes, completamente ideais, somente espaço, como seus arranha-céus de vidro de 1922 ou a residência Farnsworth, nos EUA, de 1950. Em outros, matéria e espaço interagem em um jogo constante, como na residência Tugendhat de 1931, património histórico da humanidade, na cidade tcheca de Brno.

Mies estava no auge de sua carreira na Alemanha, quando foi convidado para projetar o pavilhão alemão para a Feira Mundial de Barcelona em 1929, hoje ícone da modernidade. Em 1930, ele assumiu a direção da Bauhaus, em Dessau.

O nazismo no poder e a emigração para os EUA

Móveis de Mies e Marcel Breuer no arquivo da Bauhaus em Berlim Em abril de 1932, os nazistas fecharam a Bauhaus. Mies a transferiu, com financiamento do próprio bolso, para um galpão industrial em Berlim-Steglitz. Em julho de 1933, ela foi novamente fechada pelos nazistas, que a consideravam “bolchevismo cultural”.

Mies não se considerava uma pessoa politizada. É interessante seu comentário sobre um colega que havia trabalhado para os nazistas: ”Não o desprezo por ser nazista, mas por ser mau arquitecto”.

Os anos de 1930 não foram fáceis para Mies, que não conseguia construir e vivia dos móveis que havia projectado. Emigrou para os EUA em 1938, aceitando o convite para dirigir o departamento de arquitetura do Instituto de Tecnologia de Illinois, em Chicago, cujo campus também projectou.

Na posse, foi saudado por Frank Lloyd Wright, que anos mais tarde o acusaria de haver fundado um novo classicismo nos Estados Unidos. E, de fato, com excepção da residência projectada para a senhora Farnsworth, em 1950, que lhe valeu um processo e, em época de caça às bruxas, a acusação de ser obra de comunista, Mies deu um carácter bastante clássico à sua arquitectura nos Estados Unidos.

Neue Nationalgalerie, 1969 Sua obra tornou-se mais estática, sem o jogo de diferenças que enriquecia a sua arquitectura anterior. Terminada em 1969, ano da morte de Mies, a Neue Nationalgalerie de Berlim, seu único projecto construído na Alemanha após a Segunda Guerra, comprova este classicismo, embora apresente a mesma conquista espacial de seus projectos anteriores, principal característica da obra de Mies van der Rohe.


agosto 18, 2009

ENTRE PARÊNTESES

Antes de ter verificado a possibilidade dos impossíveis, constatei, que afinal eles não existem. Somente uma linha ténue separa-nos da razão… Aqui, já apertei laços, jamais inimagináveis ao comum dos mortais, que não navegam por estas marés…

Mas eu, gosto sempre de abraçar tudo aquilo que faço com verdade e empenho, nunca o faço por fazer, talvez seja algo inédito. Pelo menos, na maioria dos homens nos quais nunca me reconheci, modéstia à parte… mas a verdade é para ser dita, pareça-vos o que vos parecer, é-me indiferente, é assim que alimento o meu ego. E distancio-me seguramente, por ter adoptado desde muito cedo, enquanto ainda se formava o meu carácter como pessoa, e isso implicou ganhar uma personalidade própria, num estilo aprazível, primeiro para mim, para me sentir bem comigo mesmo, e depois para os outros. São esses que me fazem chorar, mas são muitos mais os que me ensinaram e fazem sorrir. É para estes que está sempre virada a minha persistência de os compreender, dos entender nas suas mais variantes comportamentais, não sem erros, como é óbvio, e até, se tornaria monótono viver-se em permanente perfeição… mas aceita-los e perdoar-lhes esses mesmos erros, que fazem parte também de mim, de ti, e sobretudo fazem parte da nossa natureza à qual não poderemos nunca fugir. Mas poderemos sempre melhorar, sabendo ver e escutar aquilo que os outros nos têm para nos dizer… Porque há sempre tantas coisas nos outros que eu gostaria de saber e aprender com elas a melhorar a nossa forma de vida.
Mas choro, rio, fico triste e alegre mediante as situações que viva. Mas nunca desisto de combater os vírus que pretendam-me atacar, senão existe antídoto, invento-o… Senão souber lidar com ele, pesquiso a melhor forma de poder lidar com eles, adormecendo-os… Mas nada poderá tirar-me a alegria de viver, adoro viver. E ela é tão espontânea como efémera, daí ter de aproveitar tudo o que ela me der, e simplesmente me faça sorrir. É a sorrir que facilitamos as nossas mais ingratas tarefas, mesmo que elas muitas vezes nos façam chorar.

Queria deixar aqui bem claro neste post, que a solidariedade e o carinho que todos vós, sem excepção, expressaram nas mais variantes formas, solidária e pela ternura demonstrada dos comentários que recebi, e muitos dos quais me sensibilizaram seriamente. E geralmente, não sou lamechas, nem do género de pessoa que ande sempre atrás dos outros a dizer constantemente, que gosto muito deles e essas coisas tais que se poderão evitar por iludir a verdade; pois os actos são muito mais importantes do que as palavras, por muito belas que elas sejam.

Queria de certa maneira, manifestar-me pelo meu regozijo de saber sentir, que o mais importante na virtualidade são vocês como pessoas, de quem aprecio e gosto, e sem as quais nada faria sentido do estar aqui com a persistência que me caracteriza nesta minha infortunada luta contra a injustiça… é na partilha que apoiamos as nossas descobertas nas diferenças, é na cumplicidade que compreendemos as ideias de cada um, e isso faz-nos pensar, que muito ainda teremos de caminhar aprendendo a lidar com todos numa liberdade pela diferença e sobretudo saber respeita-las. Queria escrever algo que marcasse a nossa empatia, mas é impossível inventar palavras, que se descrevam nesse sentimento sem haver o perigo de me enganar foro de contexto pela vossa incondicional simpatia.

E saiu-me isto, que verdade seja dita, às vezes também me surpreendo comigo mesmo, e não creio que este tema tivesse surgido, senão tivesse havido o bloqueio do perfil em causa, imposto pela mesquinhez de pessoas tacanhas que o dirigem, só por esse facto, já lhes agradeço o sucedido…

Já fui italiano, já fui americano e agora sou inglês e russo (moreno), mas o meu sentimento e as minhas emoções será sempre a de um português satisfeito pela insatisfação… Já é um vício entranhado e com ele vou ganhando a força de conquistar o inimigo… Por que os amigos, nesses, não existe vitórias nem derrotas a conquistar, somos criados baseado na neutralidade terrena da amizade.

"Por isto e muito mais, são todos vós; os meus amigos"!

Agora, vá… Está na hora de bater palmas, ouvir boa música, dançar e sorrir, porque a estupidez revolta-se com a nossa imensa alegria…



julho 17, 2009

Intersecções...

...

Explorei o meu cérebro a fundo, e vi toda a sua loucura... havia caminhos interditos ao sonho, forcei a entrada, e vi a luz da consciência a braços com a escuridão... Vagueei pelos esconsos estreitos, entre os filamentos do cérebro, vi vales sem fim e cores inimagináveis na profundidade do infinito. Transcendi toda a minha imaginação. Senti os rasgos da minha lucidez quase a desmaiar, refeito do seu efeito, ultrapassei a porta da loucura... só à posteriori, vi toda a razão dele funcionar apenas a um terço da sua capacidade. Ainda não estava preparado para ir mais além... Acordei, e senti toda a diferença que havia na minha ignorância.

Rasgos da minha loucura, em noite de lua cheia...






maio 20, 2009

Ingratidão sem história...

...



Os media, são actualmente o mais eficiente meio de investigação deste país…
A professora de história da escola de Espinho foi suspensa sem sentido algum; afinal, ela está unicamente a fazer história e nada mais do que isso… Ora, bolas!
Falava em orgias nas aulas? Mas essas orgias eram sobre os banquetes que os romanos faziam com as meninas da altura, e todos os alunos ficaram confusos, por não saberem quem eram esses romanos pois não tinha o seu msn nem o seu mail porque a professora se recusou facultá-los, julgaram eles. Mas essas orgias eram só sobre os romanos e não as dela. Os alunos ficaram revoltados e divulgaram a sua atitude através de gravações tanto de áudio como vídeos só por inveja.
Meteram todos os pés pelas mãos e suspenderam-na injustamente…
Bem, convínhamos, a dita professora não deveria andar muito bem, dado ter de tomar calmantes para comunicar com os alunos a sua indignação pelo procedimento que eles tomaram em ataca-la.
Então estará absolvida, porque agiu de acordo com o seu procedimento habitual, ou seja, agregar à disciplina um tema importantíssimo como a educação sexual, explicando em que alturas, em que se deve ou não, dar beijos com a língua… Não excluindo a possibilidade, de todo, que precisará de apoio psicológico. Mas agora não crucifiquem a rapariga só por dar umas aulas extras… Pois ela está só a fazer história!




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