Setembro!
Setembro foge o Estio,
Em passo largo e fugidio...
E nas arvores os frutos
Pendentes amaduravam,
Lançando doces gemidos
Na ânsia de ser colhidos
Pelos seres que lá passavam!
Numa árvore nova ainda
Pendia um, solitário;
Nutrido por seiva pura...
Por sua pele e textura
Dos outros parecia vário...
E porque era sozinho
Daquela arvore pendente
Passava o povo, a gente,
Ninguém via o pobrezinho
Que gemia docemente!
E assim chegou o Outono!
Aquele fruto sem dono
Jamais alguém o colheu...
E porque esse fruto era eu
Tornei-me forte imponente,
E fiquei para a semente!
É a sina que Deus me deu...
Adryka
Setembro foge o Estio,
Em passo largo e fugidio...
E nas arvores os frutos
Pendentes amaduravam,
Lançando doces gemidos
Na ânsia de ser colhidos
Pelos seres que lá passavam!
Numa árvore nova ainda
Pendia um, solitário;
Nutrido por seiva pura...
Por sua pele e textura
Dos outros parecia vário...
E porque era sozinho
Daquela arvore pendente
Passava o povo, a gente,
Ninguém via o pobrezinho
Que gemia docemente!
E assim chegou o Outono!
Aquele fruto sem dono
Jamais alguém o colheu...
E porque esse fruto era eu
Tornei-me forte imponente,
E fiquei para a semente!
É a sina que Deus me deu...